Segundo
Maria Aparecida Ferrari (2009), o valor das relações públicas como função
estratégica está em equilibrar os interesses da sociedade com os dos clientes com o qual o profissional
trabalha. Partindo dessa premissa, podemos aceitar que o valor da Comunicação
Interna está em contrabalancear os interesses da organização com o público
interno.
Uma das maiores dificuldades no planejamento e gestão da
comunicação interna provém do relativo afastamento do profissional de relações
públicas em relação a essa atividade. Com razão, é sabido que diversos outros
profissionais da comunicação encabeçam a comunicação interna das organizações,
muito embora a formação específica do habilitado em relações públicas constitua
fator determinante para a plena execução da atividade.
Nesse
sentido, o profissional deve, ao executar a atividade, fomentar um
relacionamento saudável entre o público interno e a organização em prol de
objetivos alinhados ao interesse do negócio. Para isso, o próprio sentido da
palavra planejamento aponta para sua execução em etapas sucessivas.
Na
primeira delas, devemos descobrir em que cenário estamos inseridos. É nessa fase
que se deve pesquisar e entender a esfera organizacional, funcionando o cenário
como uma fotografia do momento vivido. Nesse período, é fundamental entender a cultura
organizacional, já que essa é composta por indutores de comportamento que
contribuíram para o cenário fotografado. O público deve ser estudado com afinco,
pois para atingi-lo é necessário fazer com que ele se identifique com os
objetivos da empresa, logo é imprescindível observá-lo, procurar saber e
entender o que ele pensa, identificar ruídos.
Toda
essa análise pode ser feita por meio de pesquisas novas e uso de estudos
existentes. Uma ferramenta utilizada com freqüência para a construção do
diagnóstico é a chamada análise SWOT, ou em português “FOFA”. Ela ilustra de
maneira esquematizada as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças do objeto
estudado. As oportunidades e ameaças estão ligadas ao ambiente externo à
organização, enquanto forças e fraquezas dizem respeito ao ambiente interno. Finalizados
os estudos, conseguimos elaborar um diagnóstico de comunicação.

Referências Bibliográficas:
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DAS AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO. 4º Caderno de Comunicação
Organizacional: Por que investir em Comunicação Interna. São Paulo. Disponível
em: <http://abracom.org.br/arquivos/CCO_final.pdf >. Acesso em: 12 mar.
2013.
FERRARI, Maria
Aparecida (2009), “Relações públicas contemporâneas: a cultura e os valores
organizacionais como fundamentos para a estratégia da comunicação”, in KUNSCH, Margarida Maria Krohling
(Org.). Relações
públicas: história, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas.
São Paulo: Saraiva, 243-262.
Produzido por Adriana Midori e Gabriela Duwe
Apolinário
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