sábado, 16 de março de 2013

A PRIMEIRA ETAPA DO PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO INTERNA



Segundo Maria Aparecida Ferrari (2009), o valor das relações públicas como função estratégica está em equilibrar os interesses da sociedade  com os dos clientes com o qual o profissional trabalha. Partindo dessa premissa, podemos aceitar que o valor da Comunicação Interna está em contrabalancear os interesses da organização com o público interno.
Uma das maiores dificuldades no planejamento e gestão da comunicação interna provém do relativo afastamento do profissional de relações públicas em relação a essa atividade. Com razão, é sabido que diversos outros profissionais da comunicação encabeçam a comunicação interna das organizações, muito embora a formação específica do habilitado em relações públicas constitua fator determinante para a plena execução da atividade.
Nesse sentido, o profissional deve, ao executar a atividade, fomentar um relacionamento saudável entre o público interno e a organização em prol de objetivos alinhados ao interesse do negócio. Para isso, o próprio sentido da palavra planejamento aponta para sua execução em etapas sucessivas.
Na primeira delas, devemos descobrir em que cenário estamos inseridos. É nessa fase que se deve pesquisar e entender a esfera organizacional, funcionando o cenário como uma fotografia do momento vivido. Nesse período, é fundamental entender a cultura organizacional, já que essa é composta por indutores de comportamento que contribuíram para o cenário fotografado. O público deve ser estudado com afinco, pois para atingi-lo é necessário fazer com que ele se identifique com os objetivos da empresa, logo é imprescindível observá-lo, procurar saber e entender o que ele pensa, identificar ruídos.
Toda essa análise pode ser feita por meio de pesquisas novas e uso de estudos existentes. Uma ferramenta utilizada com freqüência para a construção do diagnóstico é a chamada análise SWOT, ou em português “FOFA”. Ela ilustra de maneira esquematizada as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças do objeto estudado. As oportunidades e ameaças estão ligadas ao ambiente externo à organização, enquanto forças e fraquezas dizem respeito ao ambiente interno. Finalizados os estudos, conseguimos elaborar um diagnóstico de comunicação.

Elaborado o diagnóstico de comunicação, conseguimos identificar como a comunicação interna está sendo trabalhada, como é percebida, com que objetivos está contribuindo, como são os públicos pelo qual é afetada, sendo assim, temos em mãos o primeiro passo para iniciarmos um bom planejamento da comunicação interna.





Referências Bibliográficas:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO. 4º Caderno de Comunicação Organizacional: Por que investir em Comunicação Interna. São Paulo. Disponível em: <http://abracom.org.br/arquivos/CCO_final.pdf >. Acesso em: 12 mar. 2013.

FERRARI, Maria Aparecida (2009), “Relações públicas contemporâneas: a cultura e os valores organizacionais como fundamentos para a estratégia da comunicação”, in KUNSCH, Margarida Maria Krohling (Org.). Relações públicas: história, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas. São Paulo: Saraiva, 243-262.


Produzido por Adriana Midori e Gabriela Duwe Apolinário

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