sábado, 30 de março de 2013


Funcionário: Primeiro público estratégico




            No processo de planejamento da comunicação interna, vários aspectos devem ser levados em consideração, como o perfil dos funcionários, a visão do negócio, a história da organização entre outros, pois esses fatores mostram elementos simbólicos importantes para a identificação do funcionário com a empresa que trabalha.
            A comunicação tem por dever reforçar esses elementos vinculados a identidade da organização. Além disso, como afirma Kunsch (2003, p.157), de nada adianta os maravilhosos programas de comunicação se o colaboradores “não forem respeitados nos seus direitos de cidadãos e nem considerados o público número um, no conjunto de públicos de uma organização.”
            Para que essa comunicação seja mais efetiva, uma pesquisa mostrada por Argenti (2006, p.172) enumera os elementos primordiais para a comunicação eficaz da perspectiva do funcionário:


1 Trocas de informação abertas e sinceras;
2. Materiais claros e fáceis de entender;
3. Distribuições oportunas;
4. Fontes confiáveis;
5. Sistema de feedback de mão dupla;
6. Claras demonstrações do interesse da liderança sênior por seus funcionários;
7. Melhorias contínuas na comunicação;
8. Mensagens consistentes em todas as fontes.


            A comunicação interna estratégica tem que fazer parte dos processos de decisão da empresa e não apenas reproduzir o que foi decidido, senão parecerá com o que ocorre em algumas empresas, em que o time de comunicação interna vive desconectado da realidade, sem corresponder às expectativas dos funcionários. Como fazer então? Reflita, planeje e mão na massa!

          Logo abaixo segue um vídeo promovido em um evento da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) em que Manoela Osório (Gerente de comunicação da Oi) dá sua visão da comunicação interna e também como atuar em tempos de crise.

    






Referências
ARGENTI, Paul A. Comunicação empresarial: a construção da identidade, imagem e reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 4. ed. rev. atual. ampl. São Paulo: Summus, 2003.

LEMOS, Else. Comunicação interna como diferencial em relações públicas, in FARIAS, Luiz Alberto (org). Relações públicas estratégicas: técnicas, conceitos e instrumentos. São Paulo: Summus. 2011.

SEGURA, Mauro. Não deixe a comunicação interna de sua empresa falando sozinha. Disponível em: <http://aquintaonda.blogspot.com.br/2010/07/quinta-onda.html>. Acesso em: 29 março. 2013.

sábado, 23 de março de 2013

Comunicação Integrada e sua importância para bons resultados



A comunicação integrada analisa o sistema, o funcionamento e o processo da comunicação entre as organizações e seus públicos. Dentro dela encontramos o mix da comunicação que é composto pela: comunicação institucional, comunicação administrativa, comunicação interna e comunicação mercadológica. Integrando estas áreas da comunicação organizacional é possível alcançar resultados mais satisfatórios, de forma sinérgica, completando uma a outra.
Nos dias de hoje não podemos trabalhar de forma isolada, integrar o conjunto de modalidades a nossa disposição traz ações mais completas e com maior chance de sucesso, é necessário que todas as áreas se conversem e interajam buscando os melhores resultados.
Foi neste âmbito que Margarida Kunsch encontrou a necessidade de sistematizar os fundamentos do planejamento e da gestão estratégica da comunicação pelas relações públicas.
As organizações precisam ter um planejamento centralizado para que as modalidades comunicacionais não trabalhem mais de forma isolada, e assim atingir uma excelência da comunicacional, seguindo seus objetivos.
Abaixo segue o modelo proposto, segundo Margarida Kunsch (1984, p.12) “Acreditamos na comunicação integrada, ou seja, a atuação conjugada de todos os profissionais da área. Não há conflitos entre as diversas atividades: há somatória em beneficio do cliente”.



Propõe-se que todas as áreas trabalhem em conjunto, acreditando que essa somatória possibilite alcançar objetivos com êxito. As áreas dentro da comunicação organizacional composta pela modalidade comunicação administrativa, que desenvolve as funções administrativas, visando o funcionamento do sistema organizacional através de fluxos, planejando, coordenando, dirigindo e controlando seus recursos.
Pela comunicação mercadológica ligada a divulgação dos produtos, a parte publicitaria do que se produz e promoção de vendas, ligada ao marketing de negócios. A comunicação interna que visa facilitar o relacionamento entre a organização e seus funcionários e a comunicação institucional responsável por construir e consolidar imagem e identidade da organização. 
Com isso faz-se necessário à presença de um profissional de relações públicas que será a ferramenta/ instrumento da comunicação integrada, o responsável por equilibrar o trabalho em conjunto dos pilares do mix da comunicação fazendo assim uma comunicação mais eficaz.
Abaixo destacamos o vídeo em que alguns alunos são questionados sobre “O que é a comunicação integrada?”, ao final podemos conferir a resposta dada pela professora Margarida Kunsch:




Referências Bibliográficas


KUNSCH, Margarida M. Krohling. Planejamento de Relações Públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 1986.

KUNSCH, Margarida M. Krohling, organizadora. Relações Públicas: História, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas. São Paulo: Saraiva, 2009.



Produzido por: Beatriz Fernandes e Taciane Tomita





sábado, 16 de março de 2013

A PRIMEIRA ETAPA DO PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO INTERNA



Segundo Maria Aparecida Ferrari (2009), o valor das relações públicas como função estratégica está em equilibrar os interesses da sociedade  com os dos clientes com o qual o profissional trabalha. Partindo dessa premissa, podemos aceitar que o valor da Comunicação Interna está em contrabalancear os interesses da organização com o público interno.
Uma das maiores dificuldades no planejamento e gestão da comunicação interna provém do relativo afastamento do profissional de relações públicas em relação a essa atividade. Com razão, é sabido que diversos outros profissionais da comunicação encabeçam a comunicação interna das organizações, muito embora a formação específica do habilitado em relações públicas constitua fator determinante para a plena execução da atividade.
Nesse sentido, o profissional deve, ao executar a atividade, fomentar um relacionamento saudável entre o público interno e a organização em prol de objetivos alinhados ao interesse do negócio. Para isso, o próprio sentido da palavra planejamento aponta para sua execução em etapas sucessivas.
Na primeira delas, devemos descobrir em que cenário estamos inseridos. É nessa fase que se deve pesquisar e entender a esfera organizacional, funcionando o cenário como uma fotografia do momento vivido. Nesse período, é fundamental entender a cultura organizacional, já que essa é composta por indutores de comportamento que contribuíram para o cenário fotografado. O público deve ser estudado com afinco, pois para atingi-lo é necessário fazer com que ele se identifique com os objetivos da empresa, logo é imprescindível observá-lo, procurar saber e entender o que ele pensa, identificar ruídos.
Toda essa análise pode ser feita por meio de pesquisas novas e uso de estudos existentes. Uma ferramenta utilizada com freqüência para a construção do diagnóstico é a chamada análise SWOT, ou em português “FOFA”. Ela ilustra de maneira esquematizada as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças do objeto estudado. As oportunidades e ameaças estão ligadas ao ambiente externo à organização, enquanto forças e fraquezas dizem respeito ao ambiente interno. Finalizados os estudos, conseguimos elaborar um diagnóstico de comunicação.

Elaborado o diagnóstico de comunicação, conseguimos identificar como a comunicação interna está sendo trabalhada, como é percebida, com que objetivos está contribuindo, como são os públicos pelo qual é afetada, sendo assim, temos em mãos o primeiro passo para iniciarmos um bom planejamento da comunicação interna.





Referências Bibliográficas:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO. 4º Caderno de Comunicação Organizacional: Por que investir em Comunicação Interna. São Paulo. Disponível em: <http://abracom.org.br/arquivos/CCO_final.pdf >. Acesso em: 12 mar. 2013.

FERRARI, Maria Aparecida (2009), “Relações públicas contemporâneas: a cultura e os valores organizacionais como fundamentos para a estratégia da comunicação”, in KUNSCH, Margarida Maria Krohling (Org.). Relações públicas: história, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas. São Paulo: Saraiva, 243-262.


Produzido por Adriana Midori e Gabriela Duwe Apolinário

quarta-feira, 6 de março de 2013

A importância do planejamento e da gestão da comunicação interna


         Cada empresa tem uma história, missão, visão e valores diferentes, é dividida internamente de forma distinta e cada parte é de extrema importância e de caráter vital. Alguns autores, como o jornalista Miguel Angelo Filiage, dizem que é absolutamente justificável comparar a organização com o ser humano, já que organizações são compostas essencialmente por pessoas e ambos sofrem do mesmo mal: a falta de comunicação.
             Sendo pessoas a base de tudo, se faz necessário elas estarem alinhadas com as crenças da organização, o que ela acredita e defende, e não estarem ali apenas por estar, porque acham que trabalhar é um mal necessário. Hoje em dia, segundo o estudioso Peter Russell, 90% dos problemas organizacionais gira em torno disso, já que se trata de um grupo heterogêneo com pensamentos, crenças e filosofias diferentes.
            A resolução para esse problema, que na maioria das vezes passa despercebido pelos olhos dos gestores, vai muito além da simples comunicação, ela depende da fluidez de informações e do bom relacionamento, tanto entre os próprios funcionários, como entre diferentes níveis hierárquicos. Como se trata de pessoas, esse problema é um fato que será recorrente, por isso é de extrema importância que as organizações invistam em um bom planejamento e gestão da comunicação interna.
A gestão é a administração da CI (comunicação interna) e implica em gerir pessoas processos e resultados. O planejamento faz parte dessa gestão, ele gera um diagnóstico que permite identificar dificuldades, ameaças, pontos fortes e pontos a se melhorar, tendências, e principalmente as necessidades dos funcionários. Permitindo o desenvolvimento de um plano de ação pertinente, visão em longo prazo e a identificação de possíveis imprevistos.
Dito isso, vale ressaltar que segundo Maria Nogueira (2009, p.5) uma boa gestão implica em:
Definir objetivos claros, buscar recursos humanos adequados às tarefas a serem executadas, empenhar-se na motivação das pessoas, saber buscar e compartilhar as estratégias mais adequadas para atingir os fins visados e, ainda, avaliar e dividir resultados.

Nota-se que não é um trabalho fácil e que vai depender muito de quem ocupa a cadeira de comunicação saber como planejar e como colocar isso em prática, mas é a única forma de avaliar os fatores que devem ser adequados, e equilibrar os interesses da organização com as necessidades dos indivíduos, mantendo assim, um clima organizacional agradável.



Referências bibliográficas

BEUREN, Ilse Maria. Gerenciamento da informação: um recurso estratégico no processo de gestão
empresarial. São Paulo: Atlas, 1998.


KUNSCH, Margarida. Planejamento e gestão, estratégica de relações públicas nas organizações contemporâneas. UNIrevista: São Paulo, vol.1, n 3, p.4-11, jul. 2006. Disponível em: http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Kunsch.PDF

NOGUEIRA, Maria. Gestão da Comunicação Interna das Instituições Públicas: um recurso esquecido. São Paulo, jul. 2009. Disponível em: http://rp.facomb.ufg.br/uploads/119/original_francis.pdf

Produzido por: Amanda Martins e Fernanda Martinez.