sábado, 11 de maio de 2013


O Conselho na Gestão da Comunicação Interna

            Já estamos discutindo há algum tempo a importância do planejamento e da gestão da comunicação interna na esfera organizacional contemporânea. Mas, muitas vezes, mesmo que haja um grande esforço por parte da organização, essa não consegue atingir seu funcionário de maneira adequada e, por consequência, os objetivos não são alcançados.
            Em paralelo, existe uma comunicação concorrente, que faz com que, muitas vezes, a comunicação formal fique em segundo plano, pois é praticada de maneira mais rápida, mais próxima ao público e livre de qualquer custo: a comunicação lateral, ou como popularmente é conhecida, a “rádio peão”. É da natureza do ser humano se comunicar, ser curioso e é assim que a comunicação lateral se faz inevitável nesse ambiente.
            Uma opção, já praticada por algumas empresas, é tentar entende-la e participar de sua formação, já que não é possível elimina-la de fato. Isto é, fazer com que a “rádio peão” deixe de ser uma concorrente direta da comunicação formal, promovendo ruídos, e sim uma maneira de auxiliar sua propagação.
            Formar um conselho de comunicação é um modo de trazer para perto os líderes internos de grupos informalmente existentes no ambiente corporativo, não necessariamente os gestores, mas aqueles que são formadores de opinião de grupos de colegas, e fazer com que esses líderes internos funcionem como um canal entre a empresa e os funcionários.
            O objetivo é informar, de modo concreto, ou seja, fatos e não boatos, para que dessa maneira o conteúdo divulgado pela “rádio peão” esteja alinhado com o discurso real da organização. Além disso, essa funciona como fonte de informação e feedback para que possam ser feitos aperfeiçoamentos nas práticas de comunicação interna da empresa.
            Para que um conselho de comunicação funcione bem, é necessário ter em vista que os funcionários se dividem em subgrupos heterogêneos, dessa maneira, para que os resultados dessa “pesquisa” interna sejam eficazes, é necessário que diferentes tipos de funcionários, de diferentes áreas e, portanto, diferentes perfis, participem da composição do conselho. Assim evitamos criar um viés e temos uma visão ampla de como a comunicação está sendo percebida, além de formar agentes de mudança que atinjam os públicos de maneira mais abrangente.    É fundamental que os componentes do conselho sejam engajados, comunicativos e saibam trabalhar em equipe, para que sejam um “braço” entre o departamento de comunicação e suas respectivas áreas.
            Treinar os participantes do conselho para que atuem de maneira excelente e multiplicadora, restringir os assuntos à área de comunicação, envolver os gestores e, principalmente, mostrar resultados e reconhecer o trabalho e a participação de todos, são práticas fundamentais em qualquer conselho. No entanto, como cada organização tem sua cultura, não podemos escrever as regras de um conselho como uma “receita de bolo”, devemos planejar, atuar e sempre verificar possíveis melhorias para que seja adaptado um conselho que auxilie a comunicação e os objetivos de negócio.





Por Gabriela Duwe





Referências
MANSI, Viviane. Formação de Conselhos de Comunicação. Disponível em: <http://www.comunicacaocomfuncionario.com.br/2010/07/26/formacao-de-conselhos-de-comunicacao/ >. Acessado em: 09/05/2013
MANSI, Viviane. Conselhos de Comunicação. Disponível em: <http://www.comunicacaocomfuncionario.com.br/2008/11/10/conselhos-de-comunicacao/>. Acessado em: 09/05/2013



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