O Conselho na Gestão
da Comunicação Interna
Já
estamos discutindo há algum tempo a importância do planejamento e da gestão da
comunicação interna na esfera organizacional contemporânea. Mas, muitas vezes,
mesmo que haja um grande esforço por parte da organização, essa não consegue
atingir seu funcionário de maneira adequada e, por consequência, os objetivos
não são alcançados.
Em
paralelo, existe uma comunicação concorrente, que faz com que, muitas vezes, a
comunicação formal fique em segundo plano, pois é praticada de maneira mais
rápida, mais próxima ao público e livre de qualquer custo: a comunicação
lateral, ou como popularmente é conhecida, a “rádio peão”. É da natureza do ser
humano se comunicar, ser curioso e é assim que a comunicação lateral se faz
inevitável nesse ambiente.
Uma
opção, já praticada por algumas empresas, é tentar entende-la e participar de
sua formação, já que não é possível elimina-la de fato. Isto é, fazer com que a
“rádio peão” deixe de ser uma concorrente direta da comunicação formal,
promovendo ruídos, e sim uma maneira de auxiliar sua propagação.
Formar
um conselho de comunicação é um modo de trazer para perto os líderes internos de
grupos informalmente existentes no ambiente corporativo, não necessariamente os
gestores, mas aqueles que são formadores de opinião de grupos de colegas, e fazer
com que esses líderes internos funcionem como um canal entre a empresa e os
funcionários.
O
objetivo é informar, de modo concreto, ou seja, fatos e não boatos, para que
dessa maneira o conteúdo divulgado pela “rádio peão” esteja alinhado com o discurso
real da organização. Além disso, essa funciona como fonte de informação e feedback para que possam ser feitos
aperfeiçoamentos nas práticas de comunicação interna da empresa.
Para que
um conselho de comunicação funcione bem, é necessário ter em vista que os funcionários
se dividem em subgrupos heterogêneos, dessa maneira, para que os resultados
dessa “pesquisa” interna sejam eficazes, é necessário que diferentes tipos de
funcionários, de diferentes áreas e, portanto, diferentes perfis, participem da
composição do conselho. Assim evitamos criar um viés e temos uma visão ampla de
como a comunicação está sendo percebida, além de formar agentes de mudança que
atinjam os públicos de maneira mais abrangente. É
fundamental que os componentes do conselho sejam engajados, comunicativos e
saibam trabalhar em equipe, para que sejam um “braço” entre o departamento de
comunicação e suas respectivas áreas.
Treinar
os participantes do conselho para que atuem de maneira excelente e
multiplicadora, restringir os assuntos à área de comunicação, envolver os
gestores e, principalmente, mostrar resultados e reconhecer o trabalho e a
participação de todos, são práticas fundamentais em qualquer conselho. No
entanto, como cada organização tem sua cultura, não podemos escrever as regras
de um conselho como uma “receita de bolo”, devemos planejar, atuar e sempre
verificar possíveis melhorias para que seja adaptado um conselho que auxilie a
comunicação e os objetivos de negócio.
Por Gabriela Duwe
Referências
MANSI,
Viviane. Formação de Conselhos de Comunicação. Disponível em: <http://www.comunicacaocomfuncionario.com.br/2010/07/26/formacao-de-conselhos-de-comunicacao/
>. Acessado em: 09/05/2013
MANSI,
Viviane. Conselhos de Comunicação. Disponível em: <http://www.comunicacaocomfuncionario.com.br/2008/11/10/conselhos-de-comunicacao/>.
Acessado em: 09/05/2013
REZENDE,
Heloísa. Comunicação
Formal x Comunicação Informal. Disponível em: <http://comunicativarp.blogspot.com.br/2009/06/comunicacao-formal-x-comunicacao.html>.
Acessado em: 09/05/2013
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