A
empresa é um espaço sociocultural composto essencialmente por força humana. Sabemos
que a Gestão do Conhecimento, definida por Bukowitz
e Williams (2002, p. 17) como “um processo pelo qual a organização gera
riqueza, a partir do seu conhecimento ou capital intelectual”, é
essencial para o bom resultado da empresa, porém a maioria dos estudos são
voltados para a infraestrutura da informação, esquecendo que para ter um
sistema eficiente é preciso ir muito além.
Deve-se
pensar nos valores da organização, na estrutura e em suas crenças, levando em
consideração também, as
normas e valores de seus funcionários e da sociedade em que se inserem, e em como
eles se expressam na gestão das empresas. Essa perspectiva de conhecimento é
igualmente importante no momento da definição e implantação de qualquer
processo interno, como afirma Stewart
(1998, p.5) “o conhecimento tornou-se um recurso econômico proeminente – mais
importante que a matéria-prima; mais importante, muitas vezes, que o dinheiro”.
Embora
o ambiente organizacional esteja experimentando mudanças significativas devido à
globalização acelerada, ainda persistem elementos culturais que dificultam a
implementação de técnicas de gestão mais atualizadas. Uma vez que,
a cultura de uma organização é um sistema de valores
e crenças compartilhados que influenciam o comportamento daqueles que os
compartilham, cada organização tem uma cultura própria, e uma identidade
diferente, a qual se manifestará através de padrões de comportamento assumido
pelos funcionários, regendo sua conduta. Novos funcionários serão incentivados
a seguirem esses padrões. E para alterar a cultura de uma empresa, é necessário,
“através das mais diversas formas, motivarem as pessoas a buscar a aprendizagem
continuada...” (CAVEDON, 2004, 446-447).
Segundo
Florez (2008) “é preciso mais do que a retórica de que “as pessoas são o nosso
mais importante recurso”. Essa retórica é, invariavelmente,
diferente da realidade de como as empresas gerenciam as pessoas.” O desafio dos
gestores nos dias de hoje é criar novas teorias organizacionais com a cultura
organizacional existente e avançar no sentido de criar uma lógica de gestão que
leve em consideração as peculiaridades culturais. A gestão do conhecimento só
será eficaz se ocorrer uma ampla mudança nas normas e valores que orientam a
gestão das pessoas na organização.
Referências
bibliográficas
MOHRMAN, S. e FINEGOLD,
D. Estratégias para a economia do
conhecimento: da retórica à realidade. Davos, 2000. disponível em:
<http://www.kornferry.com.br/upload/informacao/artigos/KFDavos2000.pdf. 31
de janeiro de 2000>
Acesso em: 02/04/2013
VALENTIM POMIM, Marta Ligia. Cultura Organizacional e Gestão do Conhecimento,
2003. Disponível em: < http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=70>
Acesso em: 02/04/2013
ROBBINS, S. P. Comportamento
organizacional. São
Paulo: Prentice Hall, 2002.
Produzido por: Amanda Martins e Fernanda Martinez
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